Faz parte do meu show
terça-feira, 10 de março de 2009 |
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Eu morri.
É estranho, mas é bom, é estranho porque é bom. É como estar em um show, quem se apresenta? A vida. Ela está lá, em cima do palco mas você não pode tocá-la, não pode chegar perto. E todos os mortos ficam só olhando, sem poder chegar algum dia parto do viver denovo.
Depois de amá-la e odiá-la e destruí-la por fim, queremos ela novamente, depois de tão mlatratada por nós. E cada um vê a vida como quer, como pensa ser, uns a vêem fraca e raquitica, ums vêem forte e rodusta. Feliz. Eu a vejo como eu, como cada um e como todos. Eu vejo a vida com inveja, por não poder chegar lá, chegar denovo nela. E amá-la e odiá-la e destruí-la, colocá-la na lama e arrasá-la. poder fazer tudo denovo. E faria, passo por passo. Nunca me arrependi de nada.
Nem de amar, amar demais.
E é amar demais que me tornou o que eu sou, mais um espectador morto, mórbido no show da vida, no dance, na boate, na noite, ela se espalha, cada dia num lugar, cada local por hora, e amando e sendo amada, e se exibindo, e sendo inveja. Essa é a vida, senhores.
Bem-vindos ao show.
Marcadores: contos
Seja o que for
"Onde queres o ato, eu sou o espírito
e onde queres ternura, eu sou tesão.
Onde queres o livre, decassílabo
e onde buscas o anjo, sou mulher.
Onde queres prazer, sou o que dói
e onde queres tortura, mansidão.
Onde queres um lar, revolução
e onde queres bandido, sou herói"
Caetano
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sempre me interessou".
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Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."