Demais
terça-feira, 6 de janeiro de 2009 | Opine aqui
Nada melhor do que um dia após o outro para percebermos quem somos e quem iremos ser. O dia é que me mostra quem somos e cada pessoa se expôe mais a cada dia pior. Ou melhor.
Ainda paira no ar um calor intensificado, do amor das pessoas que fingem, por ter acabado de passar o ano-novo.
As crônicas que escrevo ainda se referem ao novo, aos novos. À boa nova.
Sinto que hei de modificar os pensamentos esse ano, melhorar e ouvir. Ouvir mais o som que vem do fundo de minh'alma e começar a soltá-la. A largar de mão tudo que tinha antes. No auge dos meus recém-feitos 26 anos. Porque acho que cada ano-novo é um recomeço.
Novamente sou aquele garoto de 20 anos recém feitos, com um café e sentado a frente de um máquina de escrever e com 2 anos não completos de findados estudos. Penso agora onde foi ele e como em seis anos pude envelhecer tanto ao ponto de não me reconhecer mais, não me enchergar mais daquele jeito.
Certamente foi ela. Ela que me levou pro mau caminho e me fez machucar quem eu amava [maysa mode off/], me fez virar uma má pessoa. Espero o perdão que nunca terei, nem nunca daria à uma pessoa que só tivesse me feito sofrer. Mas sinto, e sinto que ainda sou aquela mesmo crinça nascida em 1950 que tinha as mão muito pequenas para segurar um chocalho. 

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"Onde queres o ato, eu sou o espírito e onde queres ternura, eu sou tesão. Onde queres o livre, decassílabo e onde buscas o anjo, sou mulher. Onde queres prazer, sou o que dói e onde queres tortura, mansidão. Onde queres um lar, revolução e onde queres bandido, sou herói" Caetano

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Para Jéssica,
porque "o que obviamente não presta
sempre me interessou".

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Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."