11 minutos
sábado, 24 de janeiro de 2009 |
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Onze minutos. Tudo que lhe pedi foram onze minutos, não dez ou sequer 12. Foram onze.
Jurei-lhe quem em onze minutos explicaria tudo, mostraria e esconderia novamente e a faria ficar comigo, troquei onze minutos pela minha vida. E agora os onze minutos se foram e eu continuo aqui, parado. Estático.
Os onze minutos que rezumiriam foram um fracasso, a profundidade da explicação não a abalou, me deixou, depois de onze minutos, depois de onze minutos de tensão e de amor puro. Despois de onze minutos vi a morte, depois de onze minutos morri.
Minha vida não passava agora de um cubo nas trevas, e eu, que estava soterrado até o pescoço pelos onze minutos, fico dentro dele. Eles acabaram e a levaram, eles acababaram e me levaram, os onze minutos não serviram de nada.
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"Onde queres o ato, eu sou o espírito
e onde queres ternura, eu sou tesão.
Onde queres o livre, decassílabo
e onde buscas o anjo, sou mulher.
Onde queres prazer, sou o que dói
e onde queres tortura, mansidão.
Onde queres um lar, revolução
e onde queres bandido, sou herói"
Caetano
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Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."