Fora do Padrão
quinta-feira, 20 de novembro de 2008 |
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O amor arrebatou meu coração.
- Alô, quem fala?
- Oi, é o Josh.
Ele não podia perceber minha euforia do outro lado, mas com certeza podia sentir minha respiração mais pesada por causa dos batimentos acelerados ao ouvir seu nome e reconhecê-lo, a adrenalina tomava conta do meu corpo.
- Olá! Estava pensado em ligar para você - pensava nele, em ligar para ele, em encontrá-lo, em tocá-lo e senti-lo todo, ele não fazia idéia de como o amava - Tudo bem?
Deitei-me no maior sofá da sala, ia alongar os assuntos pra poder ouvir sua doce voz por mais tempo.
- Bem e você?
- Estou bem! (pensando em você)
- Pois é, eu estava pensando em passar aí, para a gente sair pra jantar, pode ser?
- Claro, que horas?
- Daqui a uns vinte minutos tá bom?
- Claro, até lá então.
- Até.
Desliquei o telefone apressada, as mão na cabeça, estava perdida, o que vestir, demorei apenas 10 minutos num banho que geralmente duraria uma hora, e me arrumei, acabei com uma camisa listrada de azul claro e branco, uma calaça jeans justa e uma cinto chamativo de couro.
Ele chegou em ponto.
- Você está amável.
Olhei para ele e todo o seu jeito moleque, calças jeans e camiseta de mangas curtas em um carro conversível, pediu que eu entrasse abriu a porta, não sem antes roubar-me um beijo no canto da boca, por erro, sem graça deixou-me sentada ali e foi atravessar o carro, sentou-se no lugar do motorista e começou a dirigir.
Dirigiu até um restaurante chique da cidade onde os casais iam, sentamo-nos em uma mesa para dois e depois de um farto jantar, com direito a lagostas e escrgots, ele pôs sua mão sobre a minha e se aproximou, pensei: "É agora o momento" e ele me beijou, foi amável, maravilhoso.
Senti o amor, transbordando pelo corpo e me afastei, foi maravilhoso. Quem diria: Eu, uma literária de 45 anos namorando alguém que tinha idade para ser meu filho? Quem diria?
Marcadores: contos
Seja o que for
"Onde queres o ato, eu sou o espírito
e onde queres ternura, eu sou tesão.
Onde queres o livre, decassílabo
e onde buscas o anjo, sou mulher.
Onde queres prazer, sou o que dói
e onde queres tortura, mansidão.
Onde queres um lar, revolução
e onde queres bandido, sou herói"
Caetano
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sempre me interessou".
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Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."