Mais do Mesmo
domingo, 7 de fevereiro de 2010 | Opine aqui
Sempre mais do mesmo, sempre a mesma história de dor e separação que sempre acontece comigo, sempre isso. Esse vazio que fica ao ver a porta se fechar e nenhuma abrir em seu lugar, ao ver você partir cada dia e não voltar mais, ao ver você me abandonar denovo e denovo.
E não fazer nada.
Meu bem eu sofro cada noite, eu sofro com mais do mesmo, sempre sonhando, todos os dias que você está indo embora, sempre sonhando, todos os dias que aquela porta se fechou, que eu fiquei no escuro.
Eu sinto muito por não ter feito nada, mas o que fazer agora? Não posso voltar no tempo e fazê-la confiar em mim, fazê-la sequer pensar em mim. Como quando um anjo deixa uma casa e ela fica vazia, como quando tudo volta ao normal depois de dias seguidos inesperados. Assim foi, você partiu.
Deixando o escuro e um enorme vazio no meu peito.
Me deixando.
Eu ainda sinto, mesmo querendo não sentir nada disso, mesmo querendo esquecer que você existe, o meu amor está lá, como um espinho cravado no dedo, dói esse espinho que eu não consigo tirar, essa dor que parece não passar, essa tristeza que dói, infinitamente, dói e me deixa aqui.
Sonhando com mais do mesmo.


Seja o que for

"Onde queres o ato, eu sou o espírito e onde queres ternura, eu sou tesão. Onde queres o livre, decassílabo e onde buscas o anjo, sou mulher. Onde queres prazer, sou o que dói e onde queres tortura, mansidão. Onde queres um lar, revolução e onde queres bandido, sou herói" Caetano

O blog

Para Jéssica,
porque "o que obviamente não presta
sempre me interessou".

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Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."