SOS: somos sós
segunda-feira, 27 de outubro de 2008 |
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O mundo (sempre o mundo, mas enfim), o mundo nos deixa sós, nos deixa afastados uns dos outros, outros dos uns. Deixamos nossos amigos e amizades de lado, por um emprego qualquer que seja, deixamos amizades antigas por uma simples idéia de conseguir algo com isso. Não preciso mais de amigos, porque sou nós, porque ninguém me completa, eu sou completo.
SOS: somos sós. Somos sós e não percebemos, SOS mundo, SOS we. Socorro à nós, socorro à nossa negligência e à nossa ignorância. Socorro à nossa solidão.
A solidão nos atingiu, em cheio no peito, na alma incorrupta e brava de nossa sociedade. A solidão chegou como uma lança, que perfura a todas as camadas de nosso corpo até chegar em nosso frágil coração que já não aguenta mais, não suporta a dor triste e dilacerante de nosso desamor.
SOS: estamos perdidos, estamos nos perdendo numa sina. Numa mina. Num campo minado, estamos dançando, sem cuidado, num campo minado.
No campo minado da nossa alma em solidão. Estamos dançando, sem cuidado.
SOS: amor, brigas e ódio. SOS: afastamento. SOS: somos sós.
Seja o que for
"Onde queres o ato, eu sou o espírito
e onde queres ternura, eu sou tesão.
Onde queres o livre, decassílabo
e onde buscas o anjo, sou mulher.
Onde queres prazer, sou o que dói
e onde queres tortura, mansidão.
Onde queres um lar, revolução
e onde queres bandido, sou herói"
Caetano
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Para Jéssica,
porque "o que obviamente não presta
sempre me interessou".
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Soneto de Fidelidade
"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."