Queremos algo novo
quarta-feira, 8 de outubro de 2008 | Opine aqui

Cansei.


Cansei dessas falcatruas, dessas mentiras, dessa tristeza. Dessa politicagem, dessa eleições, cansei. Cansei do Bush, cansei do Osama, cansei do Obama, dessa americanizagem incorreta e imprudente, cansei. Casei de viver nessa cidade pequena, cansei de acordar cedo, cansei de viver com meus pais, cansei de ter que dar satisfação a qualquer um, cansei de casamentos, cansei de bodas, cansei de maleza, quero trabalho, cansei de saudade (chega de saudade), cansei das pessoas que estão ao meu redor, quero novidade, cansei.

Também cansei de mulher-melância, mulher-filé, mulher-samambaia (quem não cansou?), cansei de pânico na TV, cansei do SBT, cansei do Sílvio Santos, junto com toda aquela trabicada de RA-RAE, cansei de assassinato, cansei de humor ignorante, cansei de pessoas que não entendem o que eu falo, cansei de filmes fracassados, cansei da escola, cansei da Izolda, cansei de não entender algumas das falas dos outros, cansei. Cansei de vozes, cansei de falar, cansei de ouvir, cansei de música, cansei de filmes, cansei de leitura.

Espero que chegue um dia em que eu possa descansar, passar por todo esse cansaço, espero que minha canseira com a atualidade pare, cesse.
Quero sumir, fugir, ir para algum lugar bem longe, fugir de todo o caos, de toda a tristeza, fugir da infelicidade, será que isso é possível?

Cansei desse texto.

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Seja o que for

"Onde queres o ato, eu sou o espírito e onde queres ternura, eu sou tesão. Onde queres o livre, decassílabo e onde buscas o anjo, sou mulher. Onde queres prazer, sou o que dói e onde queres tortura, mansidão. Onde queres um lar, revolução e onde queres bandido, sou herói" Caetano

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Para Jéssica,
porque "o que obviamente não presta
sempre me interessou".

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Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."