Das Almas Separadas
domingo, 30 de novembro de 2008 | Opine aqui
Naquele dia o céu mudou de cor, a terra estremeceu, tudo ficou entendiante, tudo ficou inquieto, e ele deixou dela e ela deixou dele. Largaram de mão. O casamento de 16 anos, a vida juntos e toda a felicidade de quem achou que o seu pra sempre nunca iria acabar se esvaiu.
A felicidade contida nas fotos da máquina Polaroid já usada, nos cartões postais e em todas as suas lembranças se foi, mas o céu ainda estva lá, ainda entre as estrelas e o chão exitia o mar, e estavam todos e tudo lá, a vida tinha de recomeçar, mas como?
Com a separação de almas, eles não podiam, se amavam, mas se amavam baixinho, em segredo, no silêncio, seu amor estava escondido, brincando de pega-pega, onde o pegador era o casamanto, esse que detruiu o seu esconderijo e o achou, acabou com tudo.
Mas tudo conspirava contra o amor, tudo conspira contra o amor, tudo os separava e a repugnância crescia dentro desse amor tão lindo, crescia como um tumor, uma doença maligna, e não havia droga que curasse isso, senão o próprio amor ou em possiblidades o reencontro, e nessa ciranda todos os sentimentos ganhavam vida, eles eram pessoas, pessoas reais, pessoas que sentem, e dentro do amor existe a felicidade mas o ódio também anda por lá.

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Memórias Póstumas
quinta-feira, 27 de novembro de 2008 | Opine aqui
Me restam os infindáveis lamentos contidos numa nota só de bossa nova se esvaindo no licor presente na minha sala, no whisky contido em meu corpo e nas bêbadas noites cariocas. Onde, nada compessa, mas tudo conspira a favor.
Compositor e boêmio, sentado noites em minha escrivaninha esperando a luz, a batida perfeita, o amor que proviria de mim com tanta fúria que saltaria pelos meus olhos e se espalharia pelo chão já puído sa sala.
Eperando a resolução de uma madrugada mal-dormida, adormeci e morri na mais doce solidão, no não ter ninguém, porque ninguém estava comigo, eu estava só e só eu não queria ficar.
Morri a escrever ("I know not what tomorrow will bring me" (quem conhece Fernando Pessoa sabe)) a morrer no efusivo amor dilacerado de Pessoa e de Moraes, morri em 80, mas boêmia não me faltava, era como se vivesse paralelo, como se o meu plano fosse outro, o de amar, beber e fumar acima de tudo, cair de beber com os amigos nas noites em Ipanema, no Rio.
Pensando em amar morri, na minha doce solidão morri, e essas são memórias póstumas de mim, essas são as marcas de minha existência que deixo, um texto garranchosos, escrito a beira da morte.

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Fora do Padrão
quinta-feira, 20 de novembro de 2008 | Opine aqui
O amor arrebatou meu coração. 
- Alô, quem fala?
- Oi, é o Josh.
Ele não podia perceber minha euforia do outro lado, mas com certeza podia sentir minha respiração mais pesada  por causa dos batimentos acelerados ao ouvir seu nome e reconhecê-lo, a adrenalina tomava conta do meu corpo.
- Olá! Estava pensado em ligar para você - pensava nele, em ligar para ele, em encontrá-lo, em tocá-lo e senti-lo todo, ele não fazia idéia de como o amava - Tudo bem?
Deitei-me no maior sofá da sala, ia alongar os assuntos pra poder ouvir sua doce voz por mais tempo.
- Bem e você?
- Estou bem! (pensando em você)
- Pois é, eu estava pensando em passar aí, para a gente sair pra jantar, pode ser?
- Claro, que horas?
- Daqui a uns vinte minutos tá bom?
- Claro, até lá então.
- Até.
Desliquei o telefone apressada, as mão na cabeça, estava perdida, o que vestir, demorei apenas 10 minutos num banho que geralmente duraria uma hora, e me arrumei, acabei com uma camisa listrada de azul claro e branco, uma calaça jeans justa e uma cinto chamativo de couro.
Ele chegou em ponto.
- Você está amável.
Olhei para ele e todo o seu jeito moleque, calças jeans e camiseta de mangas curtas em um carro conversível, pediu que eu entrasse abriu a porta, não sem antes roubar-me um beijo no canto da boca, por erro, sem graça deixou-me sentada ali e foi atravessar o carro, sentou-se no lugar do motorista e começou a dirigir.
Dirigiu até um restaurante chique da cidade onde os casais iam, sentamo-nos em uma mesa para dois e depois de um farto jantar, com direito a lagostas e escrgots, ele pôs sua mão sobre a minha e se aproximou, pensei: "É agora o momento" e ele me beijou, foi amável, maravilhoso. 
Senti o amor, transbordando pelo corpo e me afastei, foi maravilhoso. Quem diria: Eu, uma literária de 45 anos namorando alguém que tinha idade para ser meu filho? Quem diria? 

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A vida e a Morte
segunda-feira, 17 de novembro de 2008 | Opine aqui
A vida nada mais é que uma utopia, onde o dar de mãos realmente significa algo, um beijos quer e/ou pode dizer várias coisas, um abraço... esses são os gestos e os sinais forjados por nós para tornar a vida mais excitante, para torná-la uma grande peça de theatro.

E a utopia que a vida se torna no dia-a-dia é algo feliz, mas ao mesmo tempo triste. Feliz por ser um criação, algo novo, um projeto. E algo trite por si, a vida é bela, mas ficou triste por nós, meros seres humanos que a estragamos, que não a deixamos seguir seu curso para chegar no gande mar da eternindade e da morte.

A vida chega a nós de solvanco, e há discordâncias sobre quendo começa, alguns dizem que é na fecundação, outros dizem que é na formação do cérebro e do corção e outros ainda dizem que o bebê só está vivo na hora em que nasce, mas algo é certo: a vida nos chega de solavanco. E a caba do mesmo jeito, sem nem sabermos que dia isso ocorrerá. 

A vida tem sua vingança e é essa, a morte vem sem aviso, e essa é a vingança final da vida: a morte.


Onde está?
quarta-feira, 12 de novembro de 2008 | Opine aqui
Onde está a liberdade? Onde está a escravidão? Onde estão os direitos e os deveres que ninguém vê, as peripécias e as aventuras que não se vêem mais? Onde está você e todos aqueles amigos que andavam contigo no tempo de escola e que agora te abandonaram? E foi para sempre?

Onde se encontra a senhora sua mãe? Onde está a senhorita sua mente, que se encontra sempre ausente? Onde se encontra você?

Onde você estava até agora? Já é tão tarde! Tarde para recuperar todo o tempo perdido e viver, sim , porque viver não foi o que fez até a gora, você apenas adormeceu e passou por um lindo sonho numa noite de verão. A vida realmente começa quenado ela finalmente acaba.

Onde está aquele rapazote que te olhava com tanto amor? E onde está aquela menininha que olhava para você com outros olhos no jardim? Onde se encontra sua família? E seus filhos onde estão?

Onde está seu fuuro sonhado com tanto ardor no auge da infância? E as viagens constantes que faria aos EUA quando ficasse famoso? Moraria lá? Onde está a sua infância? E os senhores seus sonhos, se encontrama presentes?

Onde estão sua dor e sua alegria, seu último momento de lástima e suas paixões que nunca findavam? Onde estão aquela professora chata que você odiava? E as que você amava?

Onde está tudo? Onde está o mundo?

Onde estão as respostas?



Seja o que for

"Onde queres o ato, eu sou o espírito e onde queres ternura, eu sou tesão. Onde queres o livre, decassílabo e onde buscas o anjo, sou mulher. Onde queres prazer, sou o que dói e onde queres tortura, mansidão. Onde queres um lar, revolução e onde queres bandido, sou herói" Caetano

O blog

Para Jéssica,
porque "o que obviamente não presta
sempre me interessou".

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Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."